20 de agosto de 2009

Como o ser humano é vulnerável...

Hoje me deparei com uma cena que de longe me fez pensar em como nós, seres humanos, somos vulneráveis. Me atordoou a idéia de como a vida, numa fração de segundos pode se perder, e, como as pessoas na medida que vão vivendo, se afastam de principios e valores e se esquecem que a coisa mais bonita do ser humano, é SER humano.
Voltando pra casa presenciei um acidente. A coisa mais triste nessa tarde de quinta feira, mais uma tragédia no meio de tantas que suporta esse mundo! Uma cena não menos violenta que qualquer outra, ja que nos acostumamos a lidar com assaltos, capotamentos, gripes, estupros... e por ai vai. Uma cena que me chocou, que me mostrou não ser tão forte quanto as pessoas acham que eu sou e me deu a certeza de ser bem menos imponente do que eu pensava ser. Ali, diante daquela cena, daquelas pessoas, daquelas luzes e lagrimas, eu era mais uma.. Mais uma que tremia, que soluçava, que não piscou... que pegou o celular e nem voz existia para pedir socorro. Sou a pessoa que discou 193. Fui a mulher que imune de qualquer consequencia e alheia a daquelas pessoas, daquela criança e daquela mãe que subitamente foi arremessada por uma moto, que certa ou errada, tambem se viu arremessar.
Uma violencia talvez fatal, talvez não... mas ainda assim banal. Uma ação e uma consequencia. Um minuto, um passo a frente e nada haveria acontecido. É a mão de Deus que na maioria das vezes nos tira da linha da temeridade, do desassossego. É a proteção de um anjo e felizes são os que andam bem acompanhados, e eu não duvido do meu! Agradeço a Deus por toda a proteção que tenho e me pergunto: porque aquilo, daquela forma e na minha frente?
As vezes a gente se queixa da vida. As vezes a gente quer morrer. As vezes a gente pensa se ao menos as vezes poderiamos ser diferentes... E, naquele momento, a unica coisa que eu queria ser era eu. Eu tão impotente, tão alheia aquela dor e suas consequencias mas muito conscientizada de como é importante saber viver, saber amar, saber perdoar. Eu ali, era só mais uma e não era nada. Era eu e meus problemas, mas ainda assim não era aquela situação. E era sim, ao mesmo tempo. Eu era a imagem, o som, a cor do sangue, a voz do outro lado do telefone que pedia calma e o endereço daquela fatalidade toda...
Eu era alguma coisa e acho que nem sei mais se algum dia poderemos descobrir quem somos. A vida termina na hora que a morte começa. Não espere conhecê-la para se lembrar que esta vivo. VIVA!
Que Deus nos proteja e esteja conosco!
Que traga luz e saude para aquela moça, para aquele moço. Que aquiete o coração daquele menino...
Que me faça cada vez mais lúcida, cada vez mais madura e que nunca me deixe perder a alegria de viver!

ps: THATÁ te amoo amiga! To com saudades!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.